terça-feira, 13 de abril de 2010

e

eu sabia que eu poderia estar errando ao falar aquilo, mas eu estava convicta de que era maior que eu tudo o que eu estava sentindo.


eu não podia dar certeza de algum sentimento, sem ao menos ter experiênia com ele. Era a primeira vez que eu carregava-o comigo, e sem intimidades alguma, ele se apoderava de todos os meus sentidos, de tudo até, que eu podia controlar.

outrora sábia, me via completamente insegura e cedenta de alguma coisa pela qual eu só havia sonhado. algo que pudesse ao menos barrar qualquer agente entorpecedor, algo então que me fizesse entrar no vício de verdade, e não só estar viciada!



eu também sabia que errava a cada palavra que eu o direcionava, sabia também que mesmo que com hipérbole, você quem deveria sabê-lo. mas eu não conseguia traduzir para você as palavras que você mesmo ensinou meu coração a falar. e eu não podia fazê-lo. mas eu tentava de toda maneira, ainda segurar a corda, que pendia pro meu lado. nada era tão confuso, e nada mais era tão desesperador, mas eu sabia que era toda sua, aquela culpa por aquilo que de algum modo, me transformava.



eu poderia esconder, eu poderia explodir aquilo dentro de mim, e mesmo que errando ao fazê-lo saber, eu estava certa de que esse seria o melhor. e pra falar a verdade, eu esperava sim palavras torpes, e o que fez, não foi diferente. mas eu não esperava assim como alguém conformadamente espera alguma coisa, eu anciava por aquilo, eu queria muito mais do que qualquer outra coisa, que todas aquelas coisas que me fizeram acordar, partissem de você. e assim você o fez.



o amor não pode ser construído sobre alicerces podres, e nem sobre alicerces feitos sozinhos. uma base eu te dei, e ela toda já estava lá. parece complexo demais, mas não tem jeito mais fácil de explicar. o amor construído é muito mais duradouro que o amor oferecido. e eu simplesmente ofereci pra você tudo aquilo que eu já havia juntado. seria o suficiente pra você viver a vida toda, usar e usufruir de tudo que eu podia oferecer,



mas, esmagdoramente, você pisou e quebrou tudo. e o que resta são os milhares de restos, que ainda me fazem sentir algo por você. não encontrei um déposito e nem uma maneira de me livrar deles. também não procurei, estou esperando que desapareça sozinho!



então, eu não quero que me julgue, se souber um dia que eu ainda sinto aquilo que eu juntei, não quero que me julgue por ele todo ainda estar desaparecendo aqui dentro. na verdade, quero que me julgue pois eles estão em espécie de mutação extinta, rápida, contínua e constante. estão ficando fortes, não vão mais me resgatar e nem me tornar a vítima de que eu todo dia temia e traidoramente era. quero que me julgue pelo tempo todo que eu o guardei compacto e inteiro e só pra mim. quero que me julgue pelas minhas atitudes precipitadas, mas ainda não quero que me julgue por nunca ter sabido. não quero que julgue eu nunca ter sentido. eu quis te oferecer. e eu te ofereci!



como eu disse, a mutação contínua dele, está me fazendo diariamente bem. estou respirando o ar que eu mesma posso buscar. estou respirando sozinha e sem nada forçar. estou procurando o ar. estou fazendo com que prevaleça o dia, pra exatamente, eu que sou a sua estrela, não brilhar pra você. Então não reclame muito pela transição de sentimentos, e nem por você não ter jamais, olhado pro céu!







eu sei que ainda sinto, mas sei que é desprezível agora. e assim vai ser. eu só precisava das palavras torpes, que você me falou!



obrigada.





 
 
ir. ghfa.

0 comentários:

 

Blog Template by YummyLolly.com
Sponsored by Free Web Space