quarta-feira, 31 de março de 2010

supostamente,

um erro pôde proporcionar forças.
eu não entenderia isso ao pé da letra, nem que eu estivesse o vivendo literalmente, como estou,
mas isso me deixa, de alguma maneira, mais confiante.

talvez foi preciso de todo o desastre,
o momento perfeito das palavras torpes sairem incrivelmente na ordem que eu precisa ouví-las,
e apesar da tristeza que tomou conta, foi rapidamente momentâneo todo o terrorismo,

e mesmo que a lua estivesse completa e incrivelmente cheia aquela noite, e mesmo que fosse a maior e mais dourada de todas, nem o arrepio rotineiro provocou,
talvez uma insatisfação pessoal, mas nada que levantasse um pêlo qualquer..

e depois de ter passado pela porta, o frio bom e ameno, pareciam cortar,
cortar a pele que por fora nem protegia mais, e tudo isso por causa da coragem, que insistentemente, inúmeras vezes, quis me abraçar, e eu avia abandonado-a tantas impiedosas noites, e estranhamente, ela estava alí fiel e esperando,

aceitei o seu abraço, que cheirava a traiçoeiro, mas era no que eu mais podia confiar aquela hora, e até então, tudo caminhava bem com a gente, e aquele brilho todo que eu deixei escapar na tempestade da noite passada, tinha se acumulado, e eu só precisava o achar,

eu conseguia identificar aquilo tudo apenas com o olfato, e eu sabia que tinha ajuntado muito,o que me causava a sede por buscar tudo aquilo que me deixaria em pé por mais tempo, e mais firmemente, e eu estava perto, e a coragem ainda não havia me largado, parecia tudo imensamente diferente, e bom!

e estava, eu estava encontrando tudo, tudo que há muito tempo eu procurei, mas não quis ver, tudo que há muito tempo todas as pessoas que me amam tentaram me mostrar e fazer com que eu usasse sem medo, e eu não quis, rejeitei, simplismente por nao querer mudar a imagem perfeita que eu havia criado pra mim mesma,

e agora isso, tudo de uma vez só, não sei se pra sugar todas as forças, ou se pra fazer com que eu as use sem problemas de arrependimentos. até porque, nunca sabe-se a força que tem, até precisar usa-las, e é aí que se encontra tudo, em pequenas poções confesso, mas em quantidade suficiente pra não me deixar olhar pra baixo e nem lamentar o que eu deixei depois de algum esforço,

e deixei mesmo, não perdi, mas deixei. Não perde-se o que nunca teve, e essa teoria me deixa aliviada, então tá aí, tudo que a chuva deixou ajuntado, e que eu cuidadosamente, procuro usar com sabedoria. Não acredito que seja um veneno, mas posso usar ele como o pior de todos, e sei também que não é uma coisa boa, mas que só vai trazer ótimas sensações, até de alívio,

e fielmente, irei usá-lo, como eu já prometi, sem revelar nada, só vou usar, e um dia, vou saber, exatamente, como isso vai me causar uma liberdade contida, é, vai sim!

obrigada chuva, pela generosa parte que me deixou!


and will be better, you will see in the end.

                                                                                                                                30/03/10 .

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